Volta à Ilha ASICS: muitas mudanças e crescimento ao longo de vinte anos

| 31 de março de 2015

13 a 14 de Abril de 2007 Equipe Perólas de Minas - Contagem Categoria AbertaEm 1996, quando organizou pela primeira vez a Volta à Ilha, Carlos Duarte, idealizador da prova, jamais pensaria que o evento se tornaria a maior corrida de revezamento da América Latina. Passados vinte anos de sua primeira edição, a prova teve a participação de mais de 45.000 atletas e conta atualmente com 4.000 corredores de diversas cidades do Brasil e do Mundo. Sempre com o objetivo de percorrer a cidade de Florianópolis, no ano de 1995, ao lado de sua esposa, Carlos Duarte começou a idealizar a primeira edição do evento. “A organização da primeira edição levou um ano inteiro de muito trabalho e planejamento. Boa parte da organização ficou por conta de quem teve a ideia. Demos muitas voltas na cidade para conhecê-la a fundo. Todo percurso foi medido com um odômetro em uma bicicleta, pois não havia GPS, e a altimetria foi feita com um mapa contendo as curvas de nível, obtido com a engenharia do IPUF – Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis)”, explica Carlos Duarte. Com uma organização implacável e que atualmente conta, no dia da prova com mais de 700 pessoas no Staff, a Volta à Ilha ASICS exige atenção muito grande por parte dos organizadores. Por um dia inteiro, a capital catarinense respira corrida, mas o planejamento para que nada de errado começa no ano anterior, exigindo muitos cuidados por parte dos organizadores. Porém, para que a prova chegasse ao nível de excelência foi preciso muito trabalho e dedicação. “Eu sempre fui o diretor geral da prova, mas nas primeiras edições eu era responsável também por divulgar, fazer contato com patrocinadores, realizar as inscrições, ajudar na entrega de kits e uma infinidade de outras atividades. No dia da prova, nós contávamos com a ajuda de amigos da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), além, é claro, do apoio dos familiares e amigos”, completa Carlos Duarte. Na primeira edição 22 equipes participaram da prova e as inscrições eram feitas via fax ou pessoalmente. “Naquela época não tinha site, internet, celular, GPS ou qualquer outro tipo de tecnologia. Todos os anos nós editávamos a Revista do Regulamento e o Jornal dos Resultados e mandávamos por correio a todas as equipes”, revela. As vinte duas equipes da primeira edição tornaram-se quatrocentas nos últimos anos da prova. O crescimento foi tão rápido, que existe um sorteio de vagas para definir as equipes que poderão participar da prova, devido ao grande número de procura. Trabalhando há mais de dez anos na organização da Volta à Ilha ASICS, Luanda Duarte, que é sobrinha de Carlos e braço direito na produção dos eventos da Eco Floripa, viu a prova crescer muito na última década. “Quando eu comecei a trabalhar na Eco Floripa, há 10 anos, o meu primeiro mês de trabalho foi na época das inscrições para o sorteio de vagas. As inscrições pelo site tinham mais de 600 equipes na lista de espera e o telefone não parava de tocar. Tudo aquilo me fez pensar como os meus tios conseguiram dar conta nos últimos dez anos sem a tecnologia”, conta Luanda. O contato direto com os atletas e o atendimento personalizado tem suas vantagens.Com tantos anos de Volta à Ilha ASICS o contato entre os atletas e a organização ficou cada vez mais pessoal o que facilita muito na organização. “Aqui nós respondemos todos os e-mails individualmente e sei o nome de cada um dos nossos atletas. Muitos deles, os que já atendemos há mais tempo, eu consigo reconhecer a voz por telefone, mesmo não tendo os conhecidos pessoalmente afinal são 45.000 pessoas ao longo dos vinte anos”, encerra Luanda. Mesmo após tantos anos e muitas mudanças, a preocupação da organização é sempre promover um grande espetáculo. Deixar os corredores bem à vontade para desfrutarem as paisagens inigualáveis que Florianópolis proporciona. “Nós sempre damos um passo por vez. Atendemos a todos muito bem e procuramos dar atenção especial nos aspectos de organização. Acho que tudo isso gera um grande reconhecimento da prova. Os participantes estão sempre satisfeitos e voltam todos os anos”, encerra Carlos Duarte.

Informações: Danilo Caboclo

Foto: EcoFloripa/Divulgação

 

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