Rio 2016: Fim de uma era como campeão olímpico
Beerbaum anuncia aposentadoria da equipe alemã
“Uma lenda, um cavaleiro completo e um homem que está profundamente envolvido no desenvolvimento do esporte.” Essa foi a descrição dada pelo diretor de salto da FEI, John Roche ,em referência ao cavaleiro olímpico Ludger Beerbaum, após o anúncio de aposentadoria de sua equipe nacional.
Beerbaum, que completa 53 anos de idade esse mês, tem sido o destaque nos campeonatos de seu país por mais de 30 anos. Ganhou sua primeira medalha olímpica por equipe em Seoul (Coreia), com o cavalo The Freak, em 1998, e duas mais em Atlanta (EUA) em 1996, com a égua Ratina Z, e com Goldfever, em Sydney (Austrália) em 2000. O ouro individual conquistado em Barcelona (Espanha), em 1992, foi particularmente memorável, alcançado após um momento assustador nas primeiras etapas da competição, quando caiu do cavalo.
Em sua sétima participação olímpica no Rio de Janeiro na quarta-feira ele levou o bronze por equipe para sua coleção de medalhas. Sem contar com os dois ouros, uma prata e um bronze, em campeonatos mundiais, e seis ouros, três pratas e dois bronzes em europeus.
Beerbaum sempre quis parar no topo e fará sua última aparição no time alemão durante a final de salto da Copa das Nações da FEI, em Barcelona (Espanha), mês que vem. “Foi uma decisão difícil”, ele diz. Mas ele não está deixando o esporte completamente. “Estou trabalhando em uma série de projetos e vou focar nos meus estábulos em casa e no treinamento e venda de cavalos”. Sua influência será sentida de muitas formas, pois seu centro equestre, Riesenback International, aberto no ano passado, vai sediar torneios, palestras e seminários. “Eu não ficarei entediado”, disse o cavaleiro alemão. “Estou grato em ter representado a Alemanha como cavaleiro. Agora esse é um trabalho para meus colegas mais jovens”.
Muitos dos destaques em sua carreira vieram de sua notável parceria com seu cavalo garanhão Hickstead, que o levou à medalha de prata por equipe e à vitória individual em Beijing, porém, o animal faleceu tragicamente três anos atrás. “Ele era um tipo e tanto”, diz Lamaze com orgulho, “com ele eu fui a Beijing como favorito e ele é que foi o favorito – não se pode evitar sentir a alegria de ter ido à final lá. Mas, o cenário hoje aqui é diferente, pois há outros 12 cavaleiros com boas pontuações indo para o último dia.”
Mesmo cavalo
Ele conta que Fine Lady é “muito simples, ela conhece sua rotina e quando compete, ela é o mesmo cavalo de sempre”. E sua confiança é reforçada pelo fato de que a égua está em um estado mental equilibrado. Acho que, na maioria das vezes, quando você chega em uma competição e o cavalo está atento, então ele está atento – quando o cavalo teve uma boa semana ele permanece assim”, explica.
Surpreso
Ele está realmente surpreso em como Fine Lady se tornou um cavalo de competição de primeira linha. “Nós nunca a compramos para se tornar um cavalo olímpico, ela simplesmente cresceu por si só, originalmente era um cavalo de velocidade de 1.50m. Foi somente depois de ela saltar tão bem em Genova (Suíça), no ano passado, que eu pensei em testá-la, e eu mal posso acreditar no quanto ela avançou.
Ela é tão boa quanto Hickstead e tão competitiva quanto ele. Ela tem 13 anos, mas está em boas condições, e quem sabe o que falta para ela ganhar. Aos poucos eu a trouxe para onde ela está agora e ela tem me surpreendido cada vez mais.
Hipismo nas Olimpíadas
O hipismo tem participado dos Jogos Olímpicos desde 1912. Medalhas por equipe e individuais são recebidas em três modalidades – Adestramento, CCE e Salto. É o único esporte olímpico em que homens e mulheres competem lado a lado em pé de igualdade.
Fonte: Danielle Monteiro/Imprensa/Ogylv
Categoria: Rio 2016