Editorial – Sem oposição organizada, a derrota é inevitável

| 29 de outubro de 2020

Banner EditorialEstou retornando ao assunto sobre os nossos clubes, sobre os conselheiros dos nossos clubes, sobre os torcedores que fazem barulho nas redes sociais, mas que não se organizam para o pleito nos clubes e perdem a eleição por falta de união e organização.

Primeiro, sobre o Figueirense. O Conselho Deliberativo permitiu entrar em 2017, por uma manobra que se mostrou depois com terceiros interesses, uma empresa sem a capacidade de gerenciar um clube do porte do Figueirense. Mas, a Elephant não colocou a faca no pescoço de ninguém, entrou pela porta da frente. E os conselheiros alvinegros não zelaram pelo clube.

Há uma mentira colocada por parte da mídia, a mesma que fez falcatruas para ter privilégios nas informações e alguns para ter cargos no próprio Figueirense, de que a dívida do Figueirense cresceu de forma assustadora no período da Elephant. Mentira deslavada. Estão tentando encobrir a verdadeira dívida histórica do Figueirense, feita pelos próprios alvinegros.

O Clube está à mingua, sem dinheiro para nada, com uma dívida impagável de R$ 165 milhões. Eu já opinei que os conselheiros alvinegros deveriam pedir a renúncia coletiva. Saiam todos. Limpa geral. Recomeçar do zero. São tão culpados quanto.

O Figueirense está sob liminar administrativa desde 23/09/19 retroativa a 20/09/19 às 18:30 h, que apenas afastou Elephant da gerência.

No Avaí, o atual presidente da Executiva Francisco Battistotti, faz o que bem entende, sem sequer ser chamado pelo Conselho Deliberativo para dar explicações. Ele tem mais poderes do que o Conselho, que se apregoa soberano. Não, não é!

A minha preocupação é que nossos clubes se transformem em um Cruzeiro, Santos, o Vasco do passado, o Botafogo todo endividado, o atual Corinthians. A diferença é que eles estão em centros maiores, portanto, com recursos capazes de se reerguerem, mas aqui não, nosso bolso é curto e nossas empresas apoiam de forma limitada.

Ser conselheiro de clube de futebol não é para ter privilégios, tem que agir! Precisamos tirar os poderes do presidente da executiva. Mudem os estatutos, com urgência. Façam os caras cumprirem linha por linha, principalmente sobre contratações, dinheiro que é do clube e mal investido, e proibir mexer nas cores e tradições da agremiação.

Para as próximas eleições, os torcedores precisam se organizar. É um pleito, envolve política, logo, não é para amadores. O atual presidente do Avaí tem uma águia ao lado, o vice Amaro Lúcio da Silva. Ele é o grande articulador.

Na última eleição do Avaí, teve candidato da chapa de oposição que nem apareceu para votar. Foram totalmente desunidos e desorganizados. E isso não pode se repetir.

Eu não sou candidato a nada, não tenho pretensões quanto a cargos nos clubes, eu sou jornalista. É meu direito me posicionar. E aqui o faço. Poderia ter mais gente da minha classe junto comigo, mas não importa, opino porque quero o bem dos clubes, não da forma como estão, achando que uma Série B já é o máximo. Cresçam, evoluam, subam de patamar, ou ficarão sempre na mesmice.

 

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