Editorial – Que falta faz um “bombeiro” na Ressacada

| 30 de julho de 2018

ressacadaAlgo que não se resolve ou demora a ser resolvido internamente, acaba deixando o vestiário e se tornando público. Ruim para o clube, péssimo para os envolvidos, terrível para o elenco.

Pois está faltando no Avaí um conciliador, alguém que chame para conversar, com hora para terminar, mas sem hora para acabar, Geninho e Marquinhos Santos, Joceli e o auxiliar do Geninho, o Evando, e mais o presidente Francisco Battistotti.

Isso já foi longe demais, já ultrapassou os limites, e pode ficar muito pior. Marquinhos Santos não suporta jogar muitas partidas o tempo inteiro, mas também é um deboche colocá-lo de centroavante em uma partida e no jogo seguinte lhe dar apenas 10 minutos para tentar resolver algo que os demais não conseguiram em quase 90 minutos.

Soa como sacanagem, como algo premeditado, beirando a safadeza. Ou melhor, traíragem. Geninho não está sozinho nessa. Ele está mal influenciado. O auxiliar dele, o Evando, ídolo avaiano, isso ninguém apaga, tem um comportamento arredio, estranho, principalmente com o Marquinhos Santos, desde a Era Claudinei. Virou pessoal. Podem tentar desmentir, ligar pra mim, não adianta. É isso e para mentiroso eu passo longe.

O melhor é resolverem frente a frente. Marquinhos pode ser muito mais útil do que apenas em campo. André Moritz é outro que fora desse time é piada. Alguém pode justificar que o André anda esticando no sereno, mas um time vencedor não se faz com 11 santinhos. Estão misturando novamente religião com futebol.

Então, meus seguidores, já estou sabendo de muita coisa faz tempo. Quem vai acabar perdendo, e para si mesmo, é o Avaí. Marquinhos está errado em dar declaração, Geninho pior ainda em rebater, e ninguém faz nada para estancar isso. Eu, enquanto imprensa, divulgo tudo, de bom e de ruim, mas sei o fim disso. Se não “arrumarem” o vestiário, não vai subir.

Também não adianta ter o cofre cheio e não resolver o problema interno – grave e freqüente – de relacionamento entre a maioria dos jogadores e o treinador e seu auxiliar. Se juntarem forças, agora, não amanhã, já, o Avaí é sério candidato ao acesso. Essa permanência no G-4 é mentirosa. Na hora que a onça for beber água, vai ficar lá atrás. Ajeita a casa, une todo mundo, senão adeus série A em 2019.

A questão não é ser vidente, apenas realista diante de 40 anos de bola, de vestiário, de convívio com jogadores de grandes qualidades e outros nem tanto, mas tenho a certeza de que habilidade no trato com um elenco profissional é para poucos. Gestão de pessoas, já ouviram falar?

Essa série B está embolada, porque uns 12 times são iguais em (quase) tudo, mas um ambiente ruim coloca tudo à perder. Por isso que muitas vezes sobe um time fraco, porém unido, enquanto um outro de qualidade fica pelo meio do caminho. E vou além ao dizer que Avaí e Figueirense estão em condições de subirem juntos para a elite do futebol brasileiro. Se falharem na condução dos grupos daí ficarão mais um ano na série B, bem melhor que as série s C e D, mas muito distante do que significa e representa uma série A do Brasileirão.

Categoria: Avaí, Destaque, Outros assuntos

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