Editorial – Por que a dupla da capital se omite?

| 4 de novembro de 2020
WhatsApp Image 2020-11-04 at 18.58.50Ainda não tivemos nenhuma referência de Avaí e Figueirense sobre o tema Estupro no Brasil. Não precisam nem atrelarem nada se não desejarem a esse caso da Mari Ferrer, porém ignoram que quatro meninas de até 13 anos sofrem abuso por hora e que 180 mulheres são estupradas por dia no Brasil.
É bem mais cômodo confeccionar camisas na cor rosa, ou até jogar com ela como fez o Avaí, rasgando suas tradições quanto às cores azul e branco, ou entregar camisas da dupla para o presidente Jair Bolsonaro. No caso do Avaí, que também recebeu político candidato a prefeito, o presenteando com a camisa oficial.
Neste caso específico do estupro, em que Avaí e Figueirense tinham por obrigação se posicionarem, não o fizeram, desconsiderando inclusive uma grande legião de torcedoras que frequentam os estádios e são sócias dos clubes.
Eu, sinceramente, esperava que Figueirense e Avaí estivessem liderando essa questão aqui em SC, mas começou por Chapecoense e Joinville, passou por Marcílio Dias, Tubarão, Hercílio Luz e Metropolitano, até chegar no novato Clube Atlético Catarinense de São José.
Entendo que é direito de qualquer um, clube ou torcedor (a), não se manifestar, mas penso que é muito mais importante se posicionar, marcar território, mostrar para a sociedade que “estamos aqui e nos preocupamos com vocês”, mas optaram pelo silêncio e pelo distanciamento, o que para mim demonstra um baita de um gol contra.

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