Editorial: Mentira tem perna curta

| 19 de março de 2019

Banner-EditorialÉ grave a acusação da Polícia Militar (Comando de Brusque) de que jogadores do Marcílio Dias teriam jogado gás de pimenta em torcedores do Brusque após a partida do último sábado no Augusto Bauer. O relato faz parte da súmula da partida, que teve Rodrigo D’Alonso Ferreira no apito. Ninguém da equipe da arbitragem presenciou o fato, mas há uma certeza: o Marcílio Dias vai a julgamento no TJD.

Eu não estava no estádio, não tive acesso a qualquer imagem dos incidentes, não posso tomar partido ou emitir opinião aprofundada sobre o acontecido. O que eu sei é que jogador de futebol não pode se indispor de nenhuma forma, ainda mais violenta, contra torcedores adversários. Se isso aconteceu mesmo em Brusque, trata-se de um absurdo. Não é papel de atleta profissional.

O Editorial Mentira tem perna curta, serve para a Polícia Militar e para o Marcílio Dias, que emitiu nota oficial contestando o que considera um absurdo acusar seus jogadores dessa forma. Não há certeza de quem está faltando com a verdade.

A Polícia Militar também apresentou duas versões, retificando relatório entregue ao árbitro do jogo e anexado ao documento enviado para o TJD. Em um primeiro momento, o tenente coronel Otávio Manoel Ferreira Filho informou que a torcida do Marcílio Dias foi quem jogou gás de pimenta ou similar próximo ao vestiário da arbitragem e depois o sargento Eder retificou informando que “quem jogou o gás de pimenta foi a delegação do Marcílio Dias contra a torcida do Brusque”. Temos aqui duas versões e duas situações diferentes, uma contra o trio de arbitragem e outra contra a torcida do Brusque.

Ora, se alguns torcedores do Marcílio Dias entraram com gás de pimenta no espaço visitante, quem falhou? A própria Polícia Militar na revista feita antes da partida. Já o sargento relata que foi a delegação do Marcílio Dias e não especifica quem, se jogadores, comissão técnica ou seguranças.

Há muita informação desencontrada, praticamente nenhuma prova concreta, e isso cria um clima de animosidade. Coisa para termos quebra-quebra nos próximos jogos e confrontos entre torcedores e policiais. Isso não pode se repetir.

É preciso que alguém sensato, e até o presidente da FCF deveria intervir, que todos se entendam, porque é a imagem do campeonato que está em jogo. O Marcílio Dias entende que há má vontade da Polícia Militar com o Clube. Já a PM enfatiza que cumpre seu papel e vai defender sempre a sua estratégia para evitar tumultos. Enfim, um bom mediador resolveria essa questão em pouco tempo.

Categoria: Catarinense 2019, Destaque, Outros assuntos, Outros clubes

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