É hoje! Cerimonial de Abertura no Maracanã e Pelé não acenderá a pira olímpica
Aeroportos, sistema de mobilidade, infraestrutura esportiva e revitalização da região portuária retratam a transformação do Rio de Janeiro desde que ganhou o direito de sediar os Jogos, em 2009
Cinco de agosto de 2016 seria apenas mais uma data no calendário carioca não fosse um anúncio em 02 de outubro de 2009. Ao dizer “Rio de Janeiro”, com seu sotaque gringo, o então presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o belga Jacques Rogge, traçou um futuro desafiador. Era preciso ser mais do que um belo destino turístico.
Competições
Há competições por toda a cidade, mas o coração dos Jogos tem endereço certo: o Parque Olímpico da Barra. Concentra 16 modalidades, novas arenas – provisórias e permanentes – e os principais estúdios de transmissão em uma área de 1,18 milhão de metros quadrados.
Uma parceria público-privada da prefeitura com a concessionária Rio Mais permitiu a construção e manutenção (por 15 anos) da infraestrutura do Parque, das Arenas Cariocas 1, 2, e 3, do Centro Principal de Mídia (MPC), do Centro Internacional de Transmissão (IBC) e do Hotel de Mídia. Para o Estádio Aquático, o Centro de Tênis, o Velódromo e a Arena do Futuro, o governo federal aportou recursos e a prefeitura foi responsável pela execução.
Das nove instalações que compõem o Parque Olímpico da Barra, sete serão mantidas pós-2016: as arenas cariocas 1, 2 e 3, o Parque Aquático Maria Lenk (que já existia e passou por reformas), a Arena Rio (também pré-existente e foi reformada), o Velódromo e o Centro de Tênis. A Arena do Futuro terá sua estrutura desmontada para a construção de quatro escolas públicas após os Jogos, e o Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos dará origem a três piscinas públicas.
Outras regiões de competição
O Complexo Esportivo de Deodoro é a outra grande região de competição. Sede de 11 modalidades, recebeu os Jogos Pan-americanos de 2007 e os Jogos Mundiais Militares de 2011 e já tinha 60% das áreas de competição permanentes construídas. As intervenções de modernização foram coordenadas pela Prefeitura e realizadas com recursos do Governo Federal. Houve reformas nos centros de tiro, Hipismo, Pentatlo e Hóquei sobre Grama, e as novas instalações são a Arena da Juventude, o Circuito de Canoagem Slalom, o percurso de Mountain Bike, o Estádio de Deodoro e a pista de BMX.
A terceira região é chamada de Maracanã, mas engloba, além do Maracanãzinho, o Sambódromo e o Engenhão. Considerado por muitos o esporte símbolo dos Jogos, o Estádio Olímpico teve a pista de atletismo reformada, recebeu melhorias na iluminação, nas áreas das competições de campo, e intervenções para melhorar a acessibilidade. A capacidade do Engenhão foi ampliada para 60 mil lugares, com 15 mil temporários. As ruas do entorno do estádio foram requalificadas e a Praça do Trem, em frente a ele, é a mais nova área de lazer da região. Um Museu Olímpico foi construído em um galpão ao lado da praça, convidando a população a viajar pela história dos Jogos.
Na quarta região, nomeada de Copacabana, a população poderá acompanhar, sem ingresso, diversas provas, como o triatlo, a maratona aquática e as disputas de remo e canoagem na Lagoa Rodrigo de Freitas. Na icônica praia de Copa, uma imensa arena provisória foi erguida para receber o vôlei de praia, um dos esportes em que a torcida brasileira pode mais fazer a diferença.
Fotos:André Motta/brasil2016.gov.br Fonte: brasil2016.gov.br