Brasil com somente 6 medalhas ainda é muito pouco para tanto investimento
A avaliação final ainda não foi feita, mas caminha para uma análise que beira a frustração, principalmente pela ausência de medalhas na natação, por exemplo. Talvez o inedito ouro olímpico no futebol masculino possa amenizar um pouco esse fracasso, mas a verdade é que foi investido (ou gasto) muito dinheiro para pouco retorno.
Estamos falando de apenas 6 medalhas, uma só de ouro, para o país sede da Olimpíada. Na verdade, o sentimento que fica é de péssima distribuição de recursos com muito dinheiro em pouco tempo, ou seja, precisamos investir o ano inteiro para colhermos bons frutos.
No esporte, muito dinheiro há poucos meses de uma importante competição pouco representa. O que o nosso atleta precisa é de investimentos a longo prazo para que possamos ter atletas bem preparados e em condições de brigar de igual para igual com qualquer um no planeta.
Temos o ouro da Rafaela Silva no judô, prata para Felipe Wu no tiro esportivo e Diego Hypólito na competição de solo da ginástica artística masculina, além das medalhas de bronze de Mayra e Baby (judô) e o Arthur Nory na ginástica artística masculina.
Volta por cima
Nos Jogos Pequim 2008, Diego Hypolito caiu sentado. Em Londres 2012, foi a vez de cair de cara em sua apresentação. Neste domingo, dia 14 de agosto, o ginasta caiu de pé e o choro foi de alegria com a conquista da medalha de prata no solo dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Durante o longo período de espera, Diego passou por muitos dramas: teve depressão e foi internado. A recompensa demorou, mas veio oito anos depois. Para completar o dia histórico da ginástica brasileira, que jamais havia colocado dois ginastas no pódio, Arthur Nory assegurou o bronze na prova.
“Estava passando mal. Dá uma imensa ansiedade ver todo mundo competindo. A minha pressão caiu, achei que ia desmaiar e pensei: não vou dar esse vexame aqui. Andei de um lado para o outro. Meu objetivo era só fazer o meu papel. A medalha era consequência do trabalho. Muitas pessoas falaram que eu não poderia, mas nunca deixei de acreditar que eu podia. Hoje, quando acabei, pareceu que um caminhão saiu das minhas costas. Essa medalha é linda e é da minha irmã, da minha mãe, do meu pai, do meu irmão, do fulano que acreditou em mim, porque a dedicação é diária, é árdua”, comentou Diego.
Nory também cita o treinador
Arthur Nory também fez questão de ressaltar a importância da confiança mútua entre ele e o técnico Cristiano Albino. “Ele é o grande responsável por isso tudo porque confiou em mim desde o início da minha carreira. Falei para ele que queria dificultar a minha série, fazer o elemento inédito, muito difícil e que chama a atenção. Depois da final geral já comecei a treinar. Ele sonha junto comigo”, afirmou Nory.
Foto/Fonte: Imprensa/COB