BO feito pelo árbitro Célio Amorim é anexado ao relatório do delegado da partida
Polêmica partida entre Figueirense x Chapecoense, com arbitragem confusa e prejudicial ao espetáculo, pelo visto ainda não terminou. Boletim de Ocorrência foi anexado e caso vai para o TJD.
Acompanhe os principais relatos feitos pelo árbitro Célio Amorim:
“Ocorrência Extraordinária
Eu, Célio Amorim, árbitro da partida entre Figueirenbse x Chapecoense, realizada no dia 02/04/2016, no estádio Orlando Scarpelli, venho relatar as ocorrências acontecidas posteriormente à partida e o encerramento da súmula eletrônica.
Por volta de 19h30min, após encerrar a súmula eletrônica e terminar toda parte administrativa posterior a partida, me dirigi ao estacionamento privado do Figueirense FC junto com meu assistente Rosnei Hoffmann Scherer, pegamos o carro e seguíamos o trajeto de retorno para Itajaí pela avenida Leoberto Leal, quando ao aproximar de uma sinaleira que estava com sinal vermelho parei o carro. Isso próximo ao Supermercado Angeloni e o antigo Supermercado Comper, localizado no bairro Jardim Atlântico. Quando me deparei com vários torcedores da equipe do Figueirense (identifiquei, pois os mesmos estavam com camisas brancas e com alusão ao símbolo do Figueirense) que vieram em direção ao meu carro e começaram a bater com chutes e ponta-pés, aplicando alguns socos nos vidros laterais, forçando as maçanetas das portas na tentativa de abrir na nítida intenção de nos agredir e tirar de dentro do carro.
Ato contínuo arranquei o carro pela contra-mão até conseguir voltar para a minha mão de direção, passando por outra sinaleira que estava com sinal vermelho, mas com medo de parar novamente e os agressores voltarem a atacar o carro.
Informo que o assistente nº 2 da partida (Thiago Americano Labes) que acompanhava logo atrás em outro veículo, observou que os agressores estavam sentados em um ponto de ônibus do outro lado da avenida no sentido São José/Florianópolis e que assim que parei o carro eles correm em direção do mesmo para as agressões e ainda ouviu os seguintes gritos: “é esse, é esse, pode ir que é esse”.
Com medo que poderiam estar me seguindo não parei o carro nas imediações e fui até a Polícia Rodoviária Federal na BR 101 localizada na cidade de Biguaçu e por estar seguro parei e constatei que meu carro estava com vários amassados nas laterais, com o friso da porta do carona forçado ficando uma fresta pelo esforço na tentativa de abrir as portas.”
Célio Amorim entregou o BO hoje e a documentação foi protocolada sob o número 859/16, ás 15h21 minutos desta segunda-feira. O carro que ele conduzia no sábado é um modelo Cruze com placas de Itajaí. O ataque teria sido praticado por cerca de 9 torcedores alvinegros. O veículo foi periciado pela Polícia Civil.
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