Após primeiro gol, Vagno quer mais contra o Avaí

“Tem certeza que este cara é zagueiro?”, comenta um torcedor nas arquibancadas do Estádio Renato Silveira, pouco antes dos 10 minutos do segundo tempo do jogo contra o Internacional de Lages, dia 13 de março, pela segunda rodada do returno do Catarinense. De fato, a arrancada a dribles rumo à área adversária, após desarmar o inimigo no campo de defesa, lembrou mais um lance característico de um atacante, um meia armador ou um lateral ousado. No ataque, Vagno ainda não jogou, mas já tem no currículo passagens na ala e no meio de campo, posições que conferiram ao jogador do Bugre qualidades incomuns em defensores.

“Já é uma característica minha, porque já joguei mais à frente. Então, quando eu tenho a bola no pé, eu consigo sair um pouco mais, por ter jogado ali na frente, tenho esta habilidade para sair jogando”, reflete. Uma experiência nas quadras de futsal, no Paraguai, também ajudou a forjar um estilo de jogo técnico e vertical. “O futsal ajudou bastante, você aprende muita coisa, é um jogo muito rápido, com dribles curtos. Tudo soma na carreira, o que for para o nosso bem é sempre bem-vindo”, reflete o jogador, que iniciou a carreira quando o AD Guarujá, clube do litoral paulista, onde morava, montou um time júnior para disputar um campeonato regional.

Acabou se profissionalizando no clube, mas largou a carreira para trabalhar como ajudante de mecânico. Voltou ao futebol para atuar no Gaúcho, de Passo Fundo (RS), onde atuou por dois anos. Passou ainda por Rio Negro-AM, Taubaté-SP e FC Marau-RS, clube que ajudou a emplacar uma ascensão meteórica: fundado em junho de 2013, iniciou a disputa da terceira divisão do Campeonato Gaúcho logo em seguida e em novembro daquele ano já garantia vaga na Divisão de Acesso, com o bronze na Terceirona.

Sempre deixando a sua marca

E por onde passou, marcou gol. Faltava deixar o dele no Guarani. O primeiro gol com a camisa do Bugre veio aos 46 minutos do primeiro tempo do jogo contra o Brusque, na última rodada. Gol importante, que deu início à virada. “Nas equipes em que eu passei, sempre fui acostumado a fazer gol. Não muitos, mas alguns, sim. E meu primeiro gol com a camisa do Guarani foi muito importante, veio na hora certa, na hora que a gente estava precisando, e fiquei muito feliz. Falta um jogo muito importante para a gente, segunda-feira, contra o Avaí, e eu espero fazer mais para poder ajudar a equipe”, projeta o jogador.
Vagno comenta que o time vem crescendo na competição. Uma evolução que chegou na hora certa e pode manter o time na elite estadual. “Nossa equipe evoluiu. Nestes últimos três jogos, incorporou mais a posse de bola, os trabalhos que a gente vem fazendo durante a semana estão sendo muito importantes, estamos conseguindo assimilar tudo o que o professor Ramírez está pedindo. O time cresceu na hora certa, não tinha hora melhor do que esta. Agora estamos nos preparando muito esta semana para fazer um grande jogo contra o Avaí”, destaca.

Ansiedade

O zagueiro do Guarani vê aspectos positivos e negativos em enfrentar o Leão na atual situação – ainda não pontuou no returno. “É bom porque eles não somaram ponto ainda, e é ruim porque eles estão precisando da vitória como a gente. Então, vai ser um jogo muito difícil e a gente vai ter que ter muita tranquilidade e muita inteligência pra saber jogar lá dentro”, receita o jogador, de 28 anos.

Fotos/Fonte: Luciano Smanioto/Guarani FC

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