Antônio Lopes inicia seu trabalho no Figueirense em meio a ameaça de nova greve dos jogadores
O assunto se agrava e ganha peso triplo quando a informação parte do treinador que lidera o grupo e assume ser o responsável pela vinda e até a permanência de muitos jogadores, mesmo com a crise que se agrava dia a dia. Hemerson Maria disse após o empate em Criciúma neste sábado que o elenco ameaça não treinar neste domingo e, talvez, corre-se o risco do time nem entrar em campo diante do Vitória, na terça-feira, no Scarpelli. É nesse ambiente conturbado que Antônio Lopes, 78, vai iniciar o trabalho no Figueirense, amanhã.
A punição para o time que não entrar em campo sem causa justificada é de multa (até R$ 100 mil) e a perda de pontos da partida. Se reincidir, exclusão da competição. Já a Lei Pelé cita que o atleta ‘pode se negar’ a competir desde que esteja com atraso igual ou superior a dois meses.
Conforme apurei, o Figueirense bate na tecla que o atraso é de apenas 22 dias, enquanto Hemerson Maria chegou a falar em atraso de dois meses do salário na carteira (CLT) e um de direito de imagem. Vale lembrar que de janeiro a maio de 2019 os salários estavam em dia. O problema está no acerto do passado, ou seja, de 2017/18 para cá, o que envolve vários jogadores, não todos, porque há quem chegou faz pouco tempo.
Enquanto há o impasse, a crise se agrava e cada vez mais os assuntos internos são revelados ao público via imprensa. A função de Antônio Lopes será, inicialmente, de apaziguar, aparar as arestas, mas ele chega com carta branca para fazer o que bem entender. Afinal de contas, para quem já conviveu com Carlitos Tevez, Mascherano, Carlos Alberto e tantos outros, certamente não terá medo de colocar o dedo na ferida.
Foto: Rodrigo Polidoro/Mix Mídia
Categoria: Destaque, Figueirense