Quem paga a conta? Clubes terão que ter catracas biométricas para torcedores das Organizadas

| 27 de outubro de 2017

CatarcaNovidade foi apresentada durante o 1º Seminário “Todos juntos contra a violência”, idealizado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). E a entrada em setor específico de cada torcedor das Organizadas será feita mediante a biometria. Válido, inicialmente, para competições organizadas pela CBF.

O procurador-geral do STJD, Felipe Bevilacqua, destacou:

– O tribunal trabalha com dois pilares no combate à violência. O primeiro é em relação à disciplina dos atletas dentro de campo, que são os exemplos para a torcida e todos os que se interessam por futebol. O outro pilar é o nosso bem conhecido artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata do arremesso dos objetos até a invasão ao campo. Desde 2009, ele é condutor para coibir qualquer tipo de violência dentro dos estádios. Funcionou e continua funcionando.

Felipe Bevilacqua também comentou sobre a utilização do sistema biométrico para integrantes de torcidas organizadas nos estádios a partir de 2018:

– Após todos esses anos e casos de violência que vimos, descobrimos que a torcida organizada é um grande canal para a organização do crime dentro do futebol. Então, como o órgão é colaborativo, também podemos gerar outras condutas que ajudem nesse combate. Uma dessas, em primeira mão, revelo que é a biometria. Trouxemos essa reivindicação do poder judiciário e, trabalhando junto com a CBF, customizamos uma renovação no regulamento geral para o ano que vem. A intenção é que todos os clubes mandantes tenham uma área reservada para a torcida organizada e esse lugar específico terá o sistema biométrico para a entrada. Então, eventualmente, será mais fácil identificar um infrator, que terá seu cadastro na CBF e no clube – explicou o procurador-geral do STJD.

 

Clubes protagonistas

Ex-procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt foi o segundo palestrante do painel Violência do Futebol e ressaltou a importância da responsabilidade dos clubes em relação a seus torcedores.

– O que defendo é que o clube doutrine e crie a torcida organizada. Ele tem que ser protagonista da organização de sua torcida. Precisam trazer o torcedor de bem para o seu lado, criar um departamento interno e fomentar isso. O agente direto pela organização precisa contribuir para esse processo. Se o clube não se autorizar perante toda a sua comunidade e internalizar a proposta de todas as suas torcidas, a gente vai continuar debatendo esse assunto eternamente – afirmou Schmitt.

Fonte: Site Oficial/CBF

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