Figueirense: bastidores projetam articulações, escancaram boicotes e expõem dívidas

| 11 de julho de 2019

WhatsApp Image 2019-07-11 at 11.46.24Nos bastidores do Figueirense, as movimentações estão acontecendo entre o Conselho Deliberativo e a Elephant, empresa gestora do futebol do Clube, para evitar uma batalha judicial jamais vista e o aparecimento de muitos outros fatos.

Muitos que permitiram a entrada da Elephant, que “venderam” o Figueirense por 20 anos e prorrogáveis por mais 15 anos, imaginaram a saída da empresa pela porta dos fundos e com a imagem de vilã a partir de boicote financeiro e articulações políticas nos bastidores para inviabilizar o dia a dia. Há muitas alas que estão prejudicando o próprio Figueirense.

Porém, a chance de acontecer qualquer mudança no comando ou saída da empresa é zero. Fato assumido entre as lideranças do Conselho, segundo apurei. A ideia é buscar a paz e evitar catástrofes.

Acúmulo do passado retrata a realidade

As administrações da última década, no Figueirense, apresentam números escandalosos quando o assunto é crescimento de dívida. São volumes negativos que se assemelham a muitos governos que passaram por prefeituras catarinenses.

Será que a Elephant e o atual presidente Cláudio Honigman são os realmente culpados pelos problemas? Quem são os vilões nessa história alvinegra? São perguntas que precisam ser respondidas e analisadas friamente.

Diante desse cenário, existe a possível projeção que dados não espelham a plena realidade dos fatos promovidos no Furacão do Estreito. A torcida quer saber a verdade e deveria cobrar de todos os envolvidos, sem seletividade por envolvimentos pessoais ou políticos. O torcedor precisa ser informado. Ele é a razão desse clube quase centenário.

Uma análise superficial mostra números objetivos para a constatação do caminho trilhado por administrações em sequência, incluindo as gestões de Nestor Lodetti e Wilfredo Brillinger, o que para a Elephant não resta dúvidas.

2010, 2011 e 2012 – Nestor Lodetti – gerou R$ 20,9 milhões em dívidas

2013 até Jul/ 2017 – Wilfredo brillinger – gerou R$ 38 milhões em dívidas

Caixa de Pandora

Dizem que o clube foi entregue com dívidas de R$ 78 milhões. Será que é verdade? A diferença para chegar aos R$ 110 milhões realmente foi gerada pela Elephant? Esses são números internos que somente eles têm conhecimento. Nem sei dizer se os conselheiros são informados sobre cada centavo dessa dívida volumosa, gerada e acumulada ao longo de décadas.

Há muitas perguntas sem respostas. No frigir dos ovos, o maior prejudicado é o Figueirense. A esperança é que tudo se resolva sem prejuízo em campo, principalmente um rebaixamento para a série C do Brasileiro, o que seria um retrocesso histórico.

O que dizem os citados

Até o fechamento dessa reportagem ainda não havia recebido o retorno do ex-presidente Wilfredo Brillinger. Já o ex-presidente Nestor Lodetti deu a sua versão: “Não há dúvida nenhuma da minha gestão. O balanço refere-se a dívida consolidada passada, especialmente a fiscal. Tem que ficar claro qual a situação financeira do clube em 22 de março de 2010, quando assumi e 20 de agosto de 2012, quando me afastei. O resto é só ‘artificialismo’, disse Lodetti. E emendou: “Espero que esse senhor não cometa essa estultice”, em referência a Cláudio Honigman. “As contas da minha gestão foram aprovadas e pt”, finalizou Nestor Lodetti.

A reportagem vai publicar a versão de Wilfredo Brillinger assim que o ex-presidente se pronunciar.

Fonte: Agência de Notícias Mix Mídia  Foto: Rodrigo Polidoro/Mix Mídia

Categoria: Destaque, Figueirense, Outros assuntos

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