Editorial: Qual será o futuro dos campeonatos estaduais?

| 7 de novembro de 2018

Banner-EditorialEu sempre fui – e serei – favorável aos certames regionais. Porém, necessitamos cada vez mais de profissionalismo. Em todos os sentidos, dentro e fora de campo. E o Clube que não reunir condições, infelizmente, ficará de fora da competição, nem que se dispute um campeonato com 8 equipes. E tem mais: a Rede Globo, nos bastidores, já adiantou que vai se livrar dos Estaduais a partir de 2020, exceção ao Paulistão, cujo contrato irá até 2022.

Os dirigentes estão pagando o preço pela dependência de décadas, por terem rabo preso, por não acreditarem no novo, ficando sempre atrelados ao que a Globo mandava e desmandava. Com isso, foram minando os que tentavam (concorrência) entrar nesse bolo. O que aconteceu? As outras emissoras não confiam mais no Clubes e seus dirigentes e o futebol brasileiro está sem o Plano B.

Aqui em Santa Catarina não é diferente, está até pior. A RBS foi negociada com a NSC que não se interessou em transmitir o Campeonato Catarinense, alegando que a decisão partiu da Globo. Nenhuma outra emissora de SC sequer quis ouvir propostas. Foi quando surgiu a FC Play, com transmissão pela internet.

Caso a SC Clubes não consiga patrocínio, pois há custos que incluem equipe de profissionais e equipamentos, também não teremos jogos do Catarinense 2019 sequer pela internet. Somente pelo rádio, o meio de comunicação que jamais abandonou os clubes e o futebol e que por eles é muito mais maltratado do que prestigiado.

Fico feliz que a Operação Zelotes acabou com a farra de muitas empresas de comunicação, assim como a Lava Jato. Só que o futebol vai pagar caro por esse vínculo nocivo que sempre teve com a Globo, única, monopolizando o mercado, repassando parte dos direitos de transmissão para quem não lhe incomodava diretamente, aniquilando a concorrência, pagando pouco, ganhando muito, e não deixando nenhum legado para 90% dos Clubes participantes da elite do futebol brasileiro. E das outras divisões, muito menos.

É preciso comentar também que o Brasileirão, assim como a Série B, são muito longos. As 38 rodadas, um certame que vai de maio a novembro e dezembro, são desgastantes. Precisamos mudar a fórmula. De forma urgente, tornando-a mais atrativa.

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