Editorial: O gigante Maicon chega em alta na hora certa para ajudar o Avaí

| 28 de novembro de 2017

IMG_7764 IMG_7791O currículo dele dispensa comentários. Por onde passou, muitos nem chegarão na frente dos estádios. As camisas que defendeu são para poucos, incluindo a seleção brasileira. Então, como descartar a ajuda de um jogador como o Maicon?

A experiência de quase 40 anos de bola, atuando na imprensa claro, quando convivi no dia a dia com dezenas de milhares de jogadores, treinadores e dirigentes, me dão a segurança sobre o que falo ou escrevo. Não é por ouvi dizer. Eu convivi, eu sei sobre o que estou falando, sem necessitar ver todos os treinos diários ou estar com eles no dia a dia.

Maicon atravessou momentos ruins na sua vida particular nos últimos meses. Tudo o que ele não precisava era ser colocado na reserva ou, como aconteceu em muitas partidas, nem relacionado foi. Maicon precisava que alguém que o desse proteção e não um canto qualquer, um desprezo, uma promessa que um dia teria mais uma oportunidade.

Não conheço o Maicon pessoalmente, sequer o entrevistei algum dia. Comento sobre a experiência que adquiri ao longo de quase quatro décadas. Há jogadores de treino (os leões de treino) e há os de jogo, os que não gostam de correr muito em treino e os que se esgotam no jogo, valendo os três pontos.

Não existe uma tabela definida, única, para dizer que todos são iguais e precisam ser tratados assim. Há os jogadores evangélicos e há os pagodeiros e os das noitadas. Quem tem que saber separar tudo isso é uma figura só: o treinador. E seu auxiliar.

Por isso, comentei no meu twitter (@polidorojunior) que Maicon precisava ter a mesma chance dos demais (em quantidade de partidas)  e a mesma paciência do treinador que teve e tem com jogadores como Pedro Castro e até Lucas Otávio. E comentei sobre isso e muito mais com o auxiliar Evando em um bate-papo de 20 minutos ao telefone há quase dois meses. E nesse bolo entra Marquinhos Santos.

Não que o Leandro Silva não sirva, até porque votei nele como o melhor lateral-direito do Campeonato Catarinense 2017. Maicon cresceu na hora certa e o gol que marcou na vitória por 1 a 0 contra o Atlético Paranaense marca o “recomeço” dele na carreira. Maicon está voando, não poderia chegar próximo de se aposentar do jeito que o estavam tratando, mesmo que ele tivesse feito quase nada para merecer a titularidade.

Que o Avaí de Maicon, Betão, Alemão, Marquinhos Santos, Douglas, Judson (ele não jogará em Santos pelo terceiro amarelo), da juventude formada por Lourenco, Luanzinho e Romulo, possa dar ao torcedor azurra, e provar para eles mesmos, que é possível permanecer guerreando cada segundo desse jogo do ano, domingo, contra o Santos na Vila Belmiro.

Fotos de Frederico Tadeu/Imprensa/AFC

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