Editorial – O Avaí é muito maior do que isso que acompanhamos no Brasileirão

| 18 de novembro de 2019

EditorialUm rebaixamento não pode ser analisado apenas do lado da decepção. É preciso entender que a competição financeira é desleal. Poucos clubes recebem muito dinheiro e o restante, a grande maioria, fica com o que sobra e isso não muda nunca. Nem sei se vai mudar algum dia.

O problema é que os torcedores dessa grande maioria que recebe pouco faz a mesma cobrança do torcedor dos times que recebem muito. Daí essa “competição” fica desleal.

Sobre o tal planejamento do Avaí, tão comentado e criticado por torcedores e nós da imprensa, é preciso destacar que o Avaí optou por manter os salários em dia, “salvar” o início de 2020, até entrar dinheiro novamente, e não fazer loucuras.

Foi a opção adotada pelo presidente do Avaí e que a torcida não entende e não aceita, porque queria era um time competitivo e não uma campanha das piores da história do Brasileirão. Conquistar o acesso no ano anterior e cair no ano seguinte é sofrível. Não dura nem uma temporada na elite.

O que eu não entendo é por que contratar por contratar? Sem citar nomes, até porque o atleta é o que menos tem culpa, qual a finalidade de contratar em quantidade? Utiliza, então, a base, mas investe bem em jogadores de qualidade.

Que o torcedor avaiano tenha paciência e que aguarde pelo que o Battistotti decidir, porque ele é o dono da caneta. O presidente manda e desmanda. E sabemos que o Battistotti escuta pouco e atua por impulso em várias oportunidades. O perfil dele não é de equipe e sim centralizador.

É preciso reformular o elenco para a próxima temporada, mudar a estrutura do departamento de futebol, contratando profissionais com experiência no mercado da bola, planejar a série B desde o começo do ano, e não gastar dinheiro com qualquer jogador. Chega de atender empresários em penca e de jogar dinheiro pela janela, porque quando precisar não vai ter.

Categoria: Avaí, Destaque

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