Editorial – Não se deixa um segmento tão importante sem resposta

| 28 de abril de 2020

Banner-EditorialVamos separar o joio do trigo ou uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. A pandemia é grave, os casos confirmados no Brasil aumentam de forma alarmante, muitas vidas já perdemos, aqui em Santa Catarina já foram 44 óbitos, mas o Governo de SC também precisa se posicionar sobre a retomada do futebol catarinense, fato ignorado no dia de hoje, com o governador Carlos Moisés descumprindo uma promessa feita ontem de que hoje ele teria uma posição para o segmento do futebol profissional. Nem justificativa deu, deixando no ar uma série de preocupações, até porque o desemprego será gigantesco no setor.

O Criciúma já demitiu 32 profissionais e acham isso pouco? Quem fica não sabe se vai receber, quanto vai receber ou quando irá pingar o salário na conta. Cada um tem seus compromissos. Não se está preocupado em que será o campeão ou não teremos o campeão. Isso não importa. O que está em jogo é o futuro próximo e como será essa sequência de temporada.

Enquanto o futebol argentino e o francês definiram que o ano terminou neste mês de abril, independente do formato da disputa do campeonato deles, mas terminou sem muita coisa para se definir, ainda mais na reta final, desempregando a todos, e deixando no ar uma grande incógnita sobre o futuro do futebol mundial.

Um jogo de futebol não representa somente os 11 jogadores de cada lado em campo. A máquina é maior, muita gente empregada. E fora os que vivem indiretamente do futebol. Pior do que isso é saber que um determinado esporte pode e outros não, o que confunde a cabeça de quem sente na pele que a degola será questão de dias.

Evidente que a prioridade é a vida. Não vejo, não beijo, não toco, a minha mãe desde o começo dessa desgraça toda e procuro seguir as recomendações do Ministério da Saúde. Hoje minha temperatura estava 34.5, ou seja, tudo em ordem. Nunca lavei tanto as mãos em toda a minha vida em um curto espaço de tempo. Aí tem gente que se amontoa em agências bancárias, alguns esportes estão liberados, mas outros não, e o futebol profissional está nesse bolo dos proibidos.

O que se espera é uma decisão: há chances de retornar mesmo com portões fechados ou somente após a pandemia? Que alguém fale alguma coisa. E logo!

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