Editorial – Muito cuidado com os próximos passos

| 28 de fevereiro de 2020

Banner-EditorialO assunto não poderia ser outro: as eleições no Figueirense Futebol Clube. O pleito de 2 de março está cercado de mistérios. Há um candidato, Norton Boppré, alvinegro que conheço desde a década de 90, mas é óbvio que um segundo candidato irá surgir até a próxima segunda-feira. O grupo de Paulo Prisco Paraíso encontra forte resistência dentro do Conselho Deliberativo, apesar de todo o apoio que parece ter da torcida, mas torcedor não vota, ele sofre, chora, vibra, comparece, faz rifas e impõe a retomada, mas não tem poderes para sequer participar dos destinos do clube de coração. Isso precisa mudar!

O grupo do Prisco conta com nomes importantes como Norton, Antônio Miranda, Padre Prim, Vera Rodrigues, enquanto do outro lado, que ainda não apareceu publicamente, há o combate entre os conselheiros para evitar que PPP comande o Clube e os deixe alijados da administração. Essa disputa política é que está entravando a “aprovação” da chapa do Prisco como única na eleição e, consequentemente, aprovada por aclamação.

A minuta apresentada pela empresa BIS, de José Carlos Lages, diretamente parceiro do grupo de Paulo Prisco, uma espécie de consultoria da parte dele no futebol, traz algumas cláusulas que assustaram alguns conselheiros que viram nisso uma continuidade da Elephant. Pode ser um exagero, mas têm algumas semelhanças.

A proposta de Lages envolve salário de R$ 25 mil/mês, apartamento pago pelo Clube, passagens aéreas para São Paulo quando for necessário, entre outras vantagens, ou seja, nada de trabalhar de graça. Tem custos. E não são poucos.

O clamor popular quer o retorno de Paulo Prisco Paraíso, que se pronunciou nesta sexta-feira por mensagem em vídeo endereçado ao torcedor, porque PPP precisa desta onda positiva, de uma pressão popular bem feita, porque ele sabe que entre os conselheiros esse apelo não está na mesma proporção do barulho externo.

Por fim, voltando à estaca zero, fica o resumo: o futuro do Figueirense está, novamente, nas mãos dos conselheiros. São 111 conselheiros e 44 membros natos. Chegou a hora de se redimirem do erro com a entrada (abrupta) da Elephant? Assumirão se errarem novamente ou seguirão colocando a culpa nos outros? Pensem bem!

Categoria: Destaque, Figueirense

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