Copa nos EUA: os “gringos” têm muito o que aprender e ensinar

| 8 de junho de 2016

EUA6 EUA4 EUA2Vejo como positiva essa interação com países sem tradição no futebol, até porque seguimos abrindo novo caminhos, mas dá uma saudade do calor humano, das coisas do passado, dos estádios lotados, da festa dos povos, principalmente em países menores.

Pela primeira vez venho aos Estados Unidos e posso assegurar que o Brasil está muito atrasado em tudo. Falando apenas sobre futebol, fora o erro do hino trocado do Uruguai pelo do Chile , que não deveria acontecer, no mais o torneio é muito bem organizado.

A única reclamação que faço é que a seleção brasileira, torcedores e imprensa, principalmente imprensa, teve que se deslocar de Los Angeles para Orlando e de Orlando seguirá para Boston. Uma logística maluca, de horas de voo e de altos gastos.

Poderiam ter feito uma tabela com jogos mais próximos. O país norte-americano é maior do que o Brasil em extensão e população. São 322,3 milhões de habitantes contra 204 milhões de brasileiros.

1º) Rússia 17.098.242 km2
2º) Canadá 9.970.610 km2
3º) Estados Unidos 9.629.091 km2
4º) República Popular da China 9.598.0861 km2 ou 9.640.8212 km2 (com os territórios em disputa)
5º) Brasil 8.514.877 km2

Aqui os brasileiros mandavam, mas com a alta do dólar sumiram. Os EUA estão caros para nós brasileiros. Por outro lado, quem tem condições financeiras, terá produtos de qualidade e bem baratos aqui se comparados ao Brasil.

Jogos em cidades muito distantes

A crise que afeta a imprensa brasileira, e o país como um todo, também se sente aqui nesta Copa América do Centenário. Em Los Angeles, quando o Brasil empatou com o Equador em 0 a 0, no espaço reservado para 20 fotógrafos só haviam 4.

Brasileiros aqui são poucos trabalhando na mídia, muito mais os profissionais das empresas que detém direitos de transmissão. Catarinenses apenas eu e o fotógrafo Cristiano Andujar, que ficará em Los Angeles e não estará em Orlando, hoje.

Voltando ao assunto sobre abrir novos caminhos para o futebol, ainda mais em um país em que futebol americano, basquete, e outros esportes é que são populares, posso dizer que não faltará muito tempo para os EUA se tornarem uma potência também no futebol profissional, já que possuem dinheiro, organização, valores como disciplina e obediência às regras, além de foco nas metas.

O esporte, em especial o futebol, não é lugar para amadores ou incompetentes. Quem não entrar na linha terá vida curta. E o Brasil precisa se organizar e projetar o seu futuro.

Fotos de Cristiano Andujar/AGIF

Categoria: Copa América EUA, Destaque

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