Acaert quer explicações da FCF e da PM sobre proibição absurda dos rádios de pilha

| 8 de fevereiro de 2016

acaertAparelhos foram proibidos durante dois jogos deste domingo.

Durante sábado e domingo, nas minhas redes sociais, face, twitter e site www.polidorojunior.com.br demonstrei minha indignação com a proibição aos torcedores que estariam impedidos de entrar no estádio do Camboriú com rádios de pilha. Não sabia que proibiriam em Jaraguá do Sul, na partida entre Metropolitano e Brusque.

O alerta partiu da PM de SC no site do Camboriú, em ato arbitrário, indelicado, inoportuno,desnecessário, impedindo o direito de ir e vir do torcedor. Já não permitem a linda festa que era feita pelas torcidas organizadas com os grandes bandeirões, guarda-chuvas com ponta fina nem pensar, e agora rádios de pilha?

Minha indignação tomou conta e vários seguidores comentaram contrários á esse absurdo, assim como alguns colegas de imprensa. Eu mesmo invoquei a participação da Acaert, Associação Catarinense das Emissoras de Rádio e TV de SC e a entidade, para minha satisfação, e não surpresa, prontamente respondeu em Nota Oficial e que irá tomar providências até jurídicas, caso seja necessário. Não sou filiado a Acaert, até porque não sou dono de emissora alguma.

Leia, na íntegra, a Nota Oficial emitida pela Acaert, neste domingo:

“A Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão – ACAERT vai buscar explicações junto ao comando da Polícia Militar de Santa Catarina e a Federação Catarinense de Futebol para a proibição do uso de rádios de pilha durante os jogos do Campeonato Catarinense de Futebol.

Segundo informações divulgadas pela imprensa, a proibição foi aplicada durante duas partidas deste domingo, 07, durante a terceira rodada do estadual: no jogo entre Camboriú X Avaí, no estádio Roberto Santos Garcia, em Camboriú; e no jogo entre Metropolitano X Brusque – no estádio João Marcatto, em Jaraguá do Sul.

A informação foi confirmada em publicação no site oficial do Camboriú: “Não será permitida a entrada de rádios de pilha no estádio pela Polícia Militar”. Segundo alguns cronistas esportivos, a medida foi adotada de forma preventiva para evitar que as pilhas pudessem ser arremessadas no campo ou contra alguma pessoa.

A ACAERT compreende a necessidade de garantir a segurança de jogadores, árbitros e torcedores durante os jogos do estadual, no entanto, considera radical, precipitada e desnecessária a proibição de rádios de pilha durante as partidas. A entidade lembra que existem outras formas de prevenir e punir a violência nos estádios, inclusive, previstas no Estatuto de Defesa do Torcedor, conforme a LEI No 10.671, DE 15 DE MAIO DE 2003.

Ao longo desta semana, a ACAERT vai acionar os responsáveis pela organização e segurança dos jogos com o objetivo de encontrar uma solução razoável e consensual que não prejudique a cobertura da imprensa durante os jogos, nem a liberdade e autonomia dos torcedores.  Se for necessário, a ACAERT vai acionar o seu departamento jurídico.”

Fonte: Assessoria de Imprensa – ACAERT

PS: A minha entidade de classe, a Acesc, Associação dos Cronistas Esportivos de SC, ou qualquer outra entidade com representatividade, estão livres para se pronunciarem. Isso não é uma afronta apenas ao cronista esportivo, mas ao torcedor, ao povo brasileiro, á nossa cultura. Que a Polícia Militar cumpra o seu dever de nos proteger e não de nos surrupiar um direito que adquirimos há décadas. Estádio é o lugar de torcedor e rádio de pilha combina com tudo isso e faz parte da nossa história.

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